Em Agenda
Organizada em ciclos anuais, persegue uma sociedade em mudança veloz
Os grandes temas que marcam a agenda de trabalho C-Lab são os que, em cada ano, agitam a sociedade, o indivíduo, os nossos clientes. Depois de uma investigação profunda da crise 2010-13, do ajustamento e alterações aos processos de compra que os portugueses encetaram, perseguimos o aprofundamento de segmentos da população que fazem os grandes mercados das marcas que servimos – Crianças e Adolescentes (2014), Os Séniores Portugueses (2015), Os Jovens e o seu processo de adultização (2017) – e grandes temas como ‘O Consumidor Digital’ ou ‘A Casa, Palco de Vida’, fundamentais para alargar a transversalidade do nosso olhar. O contexto absolutamente extraordinário provocado pela pandemia, que exigia leituras sociais e económicas expeditas, levou à construção de um novo Plano de Trabalho “Covid’19: Ajuda à Navegação”, sobre o qual nos debruçámos entre 2020 e 2022.

Neste novo ciclo de trabalho o C-Lab propõe-se a olhar a Geração Z.
Estudar gerações (e não grupos etários) justifica-se quando se observam alterações marcantes nas experiências formativas – acontecimentos no mundo, mudanças tecnológicas, económicas e sociais – que influenciam o processo de crescimento ou o ciclo de vida, a ponto de provocar mudanças de longo alcance.
Tudo sugere que nestes adolescentes reside uma ruptura com o passado digna de investigação – em grande parte, ditada pelo paradigma das novas tecnologias e da digitalização mas, também, reforçada pela disrupção causada pela Covid-19. Os adolescentes que queremos olhar viram a sua liberdade altamente reduzida durante a pandemia; todas as experiências juvenis, fundamentais ao desenvolvimento, foram interrompidas de forma violenta. Ao período pandémico sucede um contexto de incerteza económica. Qualquer das experiências tem implicações duradouras.
Porque se trata de perceber uma geração e não uma fase do ciclo de vida, olharemos os jovens, com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos. Já não serão essencialmente consumidores incipientes; muitos serão trabalhadores e consumidores de pleno direito. Tanto melhor para marcas e empregadores.
Para responder a estas e outras questões, a investigação de 2023-24, desdobrar-se-á em 2 sub-temas: ‘Geração Z: ID dos Jovens em Portugal’ e ‘Consumo e Marcas: Sinais de um Novo Tempo.’
Para saber mais sobre o Plano de Trabalho C
Serão os novos jovens uma nova geração no sentido sociológico do termo? Estarão de facto a moldar novas culturas, novas formas de estar e de ver o mundo? Terão outra disponibilidade ou forma de participação cívica e social? Haverá matéria para demarcar esta geração das anteriores? E serão essas expectativas internacionalmente levantadas aplicáveis a Portugal?
Estas e outras questões serão analisadas no ciclo de trabalho 2023-24.
TENDÊNCIAS
Ajudamos as marcas a avizinharem se de um futuro que está sempre a chegar
As tendências que mapeamos são as que condicionam o comportamento dos indivíduos como consumidores, quer de forma explícita, por alterações na forma de actuar perante as marcas e as suas propostas de valor, quer no que se prende com a afirmação de novas necessidades ou motivações. Como tendências significantes não têm relevância apenas durante um ano de calendário, as mudanças que em cada ano trazemos à discussão são pontos de partida que requerem monitorização ao longo do tempo, constituindo-se como léxico e moeda comum na Comunidade C.
Para intuir o sentido da mudança da sociedade, junta-se à investigação de tendências um radar que cunhamos de ‘Grandes Gestos’ [sínteses de acontecimentos de grande escala que entendemos serem pontes para a compreensão do sentido e do espectro das mudanças no universo do consumo] e outro que aponta ‘Inovadores’ [iniciativas de marcas ou negócios que simbolizam disrupções na oferta, na forma de estar, de operar ou de comunicar nos respectivos sectores].
Arquétipos comportamentais emergentes que são instrumentais para pensar novos mercados
Novos modos de vida que espelham a fragmentação da sociedade – em termos de organização familiar, relação com amigos, modelos de trabalho e de lazer – são materializados pelo C-Lab em Personas. Delas trazemos histórias pessoais de vida e processos de mudança identitários que acreditamos poderem servir à interpretação de novas referências e aspirações. Em cada grupo representado é feito um exercício de quantificação, extrapolando resultados dos inquéritos desenvolvidos. Além de questionarem os modelos de segmentação vigentes, as Personas fornecem a marcas e empresas ganchos de inspiração para o desenho de novas propostas de valor.
Os indivíduos estão em processos de auto-organização numa sociedade que promove a emancipação face às normas e é crescentemente marcada pela diferença de visões. Para as marcas, mas também para decisores públicos ou para governantes, isso significa repensar demografia, repensar famílias, repensar classes sociais e económicas e de como se valem de novas lógicas de trabalho para viver e consumir. Significa desclassificar indivíduos e perceber os motivos pelos quais pessoas com classificações diversas e até paradoxais se agrupam em torno dos mesmos interesses ou motivações.
BARÓMETRO E FUNÇÃO CONSUMO
Monitorização do ajustamento do consumo e das expectativas
Suportado num painel de 500 indivíduos e na análise dos dados transaccionais da REDUNICRE, o Barómetro C dá corpo a uma investigação anual sobre as mudanças observadas no Consumidor Português. Com início em 2010, tem como objectivo primordial compreender a evolução do Mood do consumidor (índice proprietário C que cruza Satisfação com o Presente e Perspectivas de Futuro) e a sua relação com diferentes variáveis de consumo. A Função Consumo C, criada, conduzida e anualmente analisada pelo Professor Augusto Mateus, oferece uma visão prospectiva sobre o consumo e a poupança das famílias portuguesas.
